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sábado, abril 21

Pior que apanhar trânsito na ponte!


Entrei no edifício das Finanças por volta das 15h. Tirei a minha senha e dirigi-me ao piso 2.
Esperei mais ou menos 20 minutos. Quando me chamaram, nem me deram tempo para dizer boa tarde, indicaram-me logo o balcão do lado.
- O sr. tem que se dirigir ao IMT. Isto não é IMI.
- Mas eu...
- Sim, eu percebo. É com o meu colega. Vou transferi-lo.
- Mas...
- A seguir. Número cinquenta e sete. Senha "A57"!
Esperei mais uma hora e meia.
Qunado me dirigi ao balcão do lado, diz-me aquela fantástica besta que me atendeu.
- Ah, pois... isto é com a minha colega do IMI.
- Nem quero saber e vou fingir que não ouvi! Depois de quase hora e meia à espera afinal o sr. diz-me que é aqui ao lado?
- Ah pois, eu percebo. Deixe-me falar com o meu chefe.
E lá esperei eu mais uns largos minutos.
Conclusão:
Para resumir, o tal chefe, mais uma besta, insinuou que havia um erro de inserção de dados.
E pergunto eu:
- Afinal quem insere os dados nos computadores? Sou eu que entro pelo balcão dentro ou são aquele rebanho de bestas que passam os dias a chupar os euros que eu desconto do meu ordenado?
Depois de uns tons de voz mais elevados, da parte a parte, claro, só não chamei o chefe da repartição de finanças por... sei lá! Tinha fome, isso sim. Queria era sair dali o mais depressa possível.
Depois de ter resolvido o problema inicial e depois de me terem arranjado mais 3 ou 4 para resolver diz a primeira besta:
- Ah então boa tarde e desculpe lá a confusão é que estamos no fim do dia.
- Meu amigo, para mim o fim do dia não é às 4 e meia da tarde. E se o sr. está cansado eu também estou. E tenho a certeza que já almoçou. E eu estou praticamente em jejum e não me viu chegar aqui e começar a insunuar que tentei ludibriar o estado português. E mesmo que eu não estivesse cansado, não sou obrigado a levar com o seu mau humor só porque tem um emprego das 9 às 4. Eu percebo, são muitas horas, né?
Saí furioso.
E hoje dei comigo a pensar que devia ter usado uma linguagem mais "bestial" pois acho que a besta não sabe o que quer dizer ludibriar.


3 comentários:

Marvin disse...

Quando 10% da população portuguesa trabalha na função publica e as coisas funcionam assim, alguma coisa está mal...

Anónimo disse...

Filhos de mãe de cama incerta.

Anónimo disse...

Eu também acho que ludibriar não deve fazer parte do dicionário das finanças.