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terça-feira, setembro 28

Eu até gosto de lá ir...

Amoreiras
Faz hoje 25 anos que foi inaugurado o primeiro grande shopping center digno desse nome em Portugal. Odiado por uns, admirado por outros, sobreviveu à polémica e à concorrência. Valeu a pena?
Naquele final de tarde do Outono de 1985, Nuno Krus Abecasis andava em campanha para renovar mandato à frente da Câmara de Lisboa. Uma mulher abordou-o quando distribuía propaganda no interior do recém-inaugurado centro comercial. Nunca mais votaria nele depois das Amoreiras, disse ela em tom acusador. Farto da polémica em torno do projecto de Tomás Taveira, que havia defendido com unhas e dentes contra tudo e todos, e que servia agora de arma de arremesso eleitoral, o presidente da Câmara de Lisboa soltou um impropério: "Meta o voto no..." (...)
Entre as vozes críticas estava ainda a de Marcelo Rebelo de Sousa, que não era tanto contra o aspecto da obra, mas sim contra a "falta de planeamento urbanístico" durante os mandatos de Abecasis. E hoje? "O problema principal continua lá. Mantêm-se o congestionamento de trânsito e a entrada caótica em Lisboa", responde. Do lado oposto da barricada, dos que defendiam a liberdade criativa que inspirou as Amoreiras, estava o arquitecto Manuel Graça Dias, que ainda hoje continua a achar saudável que as cidades construam marcas de época como esta, neste caso "a marca de um movimento pop (popular) filiado no pós-modernismo".

in público.pt

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