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segunda-feira, abril 16

dia do design # Almada Negreiros I

ALMADA NEGREIROS
o artista multifacetado

José Sobral de Almada Negreiros (fig. 01) nasceu em São Tomé e Príncipe a 7 de Abril de 1893 e morreu em Lisboa a 15 de Junho de 1970.
cional de Lisboa, que oferecia o ensino mais moderno da altura. Nesta escola, consegue um espaço, onde irá desenvolver o seu trabalho, publicando ainda nesse ano, o seu primeiro desenho na revista A Sátira. Dois anos mais tarde, aprese
nta nesta escola, a sua primeira exposição individual composta de 90 desenhos. Neste evento cultural trava conhecimento com Fernando Pessoa, e juntamente com este e com Mário de Sá Carneiro edita a Revista Orpheu (1915).
Por esta altura, Almada publica nesta revista um texto muito polémico para a época, com o intuito de mudar a mentalidade e a sociedade da época: o Manifesto Anti-Dantas. Este manifesto surge como resposta à provocação feita por Júlio
Dantas, médico, poeta, jornalista e dramaturgo, que sendo a maior figura da intelectualidade da época afirma que a revista é feita por gente sem juízo. Para além desta sua colaboração na Orpheu e após a extinção desta, surge, no anos de 1917, uma nova revista , a Portugal Futurista (fig. 03), que se assemelhava em muito aos conteúdos e ideais da primeira.
A Portugal Futurista foi publicada em Lisboa, uma única vez, sob a direcção de Carlos Filipe Porfírio, que pretendia que a revista fosse o porta-voz do movimento futurista português, que com ela despontava. Curiosamente esta revista foi apreendida à saída da tipografia.
Para além de escritor, Almada Negreiros destacou-se também nas artes plásticas, nomeadamente na pintura. Destacam-se da obra pictórica do autor os Painéis da Gare Marítima da Rocha Conde de Óbidos, o retrato de Fernando Pessoa, os trabalhos para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima (mosaico e pintura) e os seus auto-retratos (fig. 02).
Pintor do advento do cubismo, a sua actividade artística estendeu-se ainda à tapeçaria, à decoração e ao bailado.

Após passagens por Paris e Espanha, curiosamente acaba por falecer no mesmo quarto do Hospital de São Luís dos Franceses, onde também tinha morrido Fernando Pessoa.

© C.R. 2007

fig. 01 _ Almada Negreiros

fig. 02 _Auto-retrato
Óleo sobre tela 48x38 cm
1927

fig. 03 _ Revista “Portugal Futurista”
1º e único número
1917

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