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segunda-feira, janeiro 22

dia do design # Fred Kradolfer

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Poster de Fred Kradolfer para o Pavilhão português da Exposição Internacional de Paris, de 1937.

Hoje este espaço é dedicado a um artista, digamos "português" que trabalhou na área do "affiche"! Desconhecido por muitos foi um dos grandes cartazistas a trabalhar em portugal: Fred Kradolfer.

Nascido no ano de 1903 na Suiça (apesar de a dúvida persistir, pois muitos historiadores afirmam que Fred Kradolfer seria alemão, o que eu não acredito) chegou a Portugal em 1928.
Kradolfer foi o mentor das artes da decoração e da publicidade para a segunda geração de artistas modernistas. Um artista multifacetado, impulsionou o desenvolvimento das artes gráficas em Portugal, tendo usado a sua criatividade em diversos meios, do cartaz ao vitral, da cerâmica aos anúncios luminosos. Fred Kradolfer foi o gráfico que revolucionou o cartaz em Portugal na década de 50.
Após ter vivido em Paris e na Bélgica, e de ter concluído o curso de Ourivesaria na Escola de Artes e Ofícios, em Zurique chegou a Portugal no final da década de 20, pertencendo ao grupo artístico promovido por António Ferro. (António Ferro, pai de António Quadros e avô de António Ferro, este último é o director geral do IADE).
Desenvolveu trabalhos como decorador na Exposição Colonial (1931) e na Exposição Internacional (1937), ambas em Paris, na Exposição Internacional de Nova Iorque (1939) e na Exposição do Mundo Português (1940).
Kradolfer teve o previlégio de pertencer a uma geração de ouro no panorama das artes. O seu trabalho foi desenvolvido juntamente com artistas consagrados como Bernardo Marques, Carlos Botelho, Emmerico Nunes, José Rocha, Paulo Ferreira e Thomaz Mello, grupo conhecido como a "equipa de António Ferro" ou a "equipa do SPN (Secretariado de Propaganda Nacional).

A decoração do Pavilhão Português apresentado na Exposição Internacional de Paris, de 1937, foi uma das mais notáveis realizações plásticas da década, internacionalmente reconhecida, e esteve a cargo de uma equipa constituída por Fred Kradolfer, que a liderou, e pelos pintores Bernardo Marques, José Rocha, Carlos Botelho, Tom, Emmerico Nunes e Paulo Ferreira.

(ver mais n' outro blog!)

1 comentário:

Apostol disse...

Esqueceste de referir o parentesco do António Ferro, com a Rita Ferro, mas tá-bem.
Falando mais a sério, a dita 'longa noite fachista', não deixou de produzir em termos da Arte. E como toda a Arte, uma expressão ao serviço da ideologia. Pode ser discutível a ideologia, mas a Arte é sempre Arte, com uma linguagem própria. E é essa linguagem que é importante reconhecer. Negarmos o que foi produzido pelo lado da 'Situação', só porque não foi produzido pela esquerda ou, pelo menos por indivíduos descomprometidos com o regime é, no mínimo, redutor dessa massa complexa e multifacetada que é a realidade.